24/05/2010

Escolhendo companias aéreas



   Nos últimos meses tenho planejado uma viagem para conhecer o interior de Portugal e Espanha. Naturalmente, boa parte do tempo de planejamento é gasto na escolha dos hotéis e na seleção da melhor compania aérea. Como comecei há alguns meses, cada vez que olho os sites de companias aéreas obtenho um valor diferente em reais para as passagens. Isto se deve a variação do dólar e do euro e a possibilidade de ser surpreso por promoções. Um grande problema, no entanto, é dependo de pra onde se vai, saber quais companias aéreas fazem o trajeto de ida e volta. A primeira coisa a saber é que não existe somente 2 companias a escolher: a do país de origem e a do país de destino. Certos países possuem mais de uma compania aérea que se possa escolher, como os EUA. No Brasil, atualmente, para vôos ao exterior, possuímos a GOL/Varig, que faz viagens dentro da América Latina, e a TAM, como opção para voar para a Europa e América do Norte. Do lado do destino, muitas vezes também existe mais de uma opção. Por exemplo: para viajar à Lisboa, Portugal, pode-se usar a TAP, portuguesa, ou a Iberia, da Espanha. Usando a Iberia, espanhola, não se escapará de uma escala em Madri ou Barcelona, e um segundo vôo para Lisboa, aumentando a duração da viagem. Entretanto, se o destino final está mais distante que a escala, abrem-se muitas possibilidades. Assim, para ir à Paris, poderiamos pesquisar tarifas na Air France, que faz o vôo direto, ou na TAP e na Iberia. Escolhendo as últimas, perde-se apenas no tempo de espera entre um vôo e o outro. Mas você deve estar se perguntando porque não ir simplesmente direto ao destino final, sem escalas, reduzindo ao máximo a duração da viagem. Concordo com você. A não ser que: 1. haja uma diferença de preço que compense o vôo extra. 2. você seja membro do programa de milhagens de outra compania que não a do destino final. No exemplo dado, se você fosse membro do programa de milhagens da TAP ou da Iberia, e estivesse prestes a completar a pontuação para uma ganhar uma viagem, talvez o esforço valha a pena. Quem já foi várias vezes a Europa provavelmente sabe do que estou falando: possui pontos em diversos programas de milhagens diferentes e nunca conseguiu ganhar nada, porque dificilmente viaja-se sempre pro mesmo destino. Pense a respeito na sua próxima viagem.    

    Uma notícia legal, é que no último dia 13, a TAM passou a fazer parte da Star Alliance, a qual  a Varig já fez parte no passado, e agora permite fazer compras de passagens para dezenas de outras companias no mundo acumulando os pontos/milhas em apenas um programa.

   Uma outra dica ainda sobre passagens, que facilita demais nossa vida, são os sites que fazem o trabalho de procurar as companias aéreas que fazem o trajeto que desejamos. Ou seja, você não precisa entrar em 3, 4 ou 5 sites de cias aéreas diferentes e simular preços. No Sky Scanner (http://www.skyscanner.com.br/) você escolhe a origem, o destino, e até a moeda para cotação. O site faz o trabalho duro e apresenta as opções listadas por ordem crescente de preço ou duração da viagem.  

   Até a próxima.

23/05/2010

Viagem pela Europa IV - Dirigindo e GPS


   Bom, como carioca, descobri que a Europa é muito mais segura que o Brasil. Fiquei impressionado com a segurança que é passear na Itália. São tantos turistas que ser o escolhido por uma gangue mal intencionada é muito azar.Sério, nenhum dia me senti ameaçado ou inibido a carregar uma câmera no pescoço. Pelo contrário, minha esposa e eu desfilávamos um com a fotográfica e outro com a de vídeo numa boa. A noite ou de dia, em ruelas de Veneza ou nos grandes centros, tranquilidade total. Sendo assim, fico feliz de ter trazido dinheiro vivo e tê-lo sempre a mão para uma compra. Deixo no hotel dentro do cofre ou trancado em uma das malas. Mesmo procedimento tenho com o passaporte. Saio com uma cópia.

   Voltando a questão do dinheiro. Antes de viajar é mandatório ligar pro seus cartôes de crédito e comunicá-los da sua viagem, com dia de partida e volta. Esse procedimento evita que seu cartâo seja bloqueado inadvertidamente no exterior. Não deixa também de avaliar seus limites, talvez aumentá-los, nunca se sabe. Sugiro também, caso possível, levar mais de uma bandeira de cartão, não só somando limites numa eventualidade, mas também no caso de não aceitarem seu cartão. Na Itália, o Diners é bem pouco aceito. Antes de terminar, anote o telefone de contato desses cartões no exterior. Ou o número internacional ou o local, e carregue com você, caso precise cancelá-los.

   Os mais precavidos ainda irão anotar os números de emergência / polícia de cada país. Fica a seu cargo. Tenha pelo menos o telefone do seu seguro com você, já que eles requerem um contato dentro de no máximo 24h de ocorrido um sinistro.

   Dirigir na Europa em suas estradas bem conservadas e sinalizadas é um prazer. Sempre imaginei que ter tantos carros de marca velozes necessitariam de estradas sem limites. Puro engano. Li, em fontes bem conhecidas nossas, como revistas e almanaques, que na França e Itália, a fiscalização de velocidade é rara e quase virtual. Percebi que as estradas tem velocidade máxima e possuem sistemas de monitoramento de velocidade que não se baseiam em câmeras fotográficas (aquelas que nós vemos a distância). O disconcertante é que os italianos correm sim nas autostrades, mas eles ou possuem GPS/detectores de radares ou já os conhecem bem. No trecho de Montepulciano, na Toscana, a Pisa, e depois a Florença, existem pequenas caixas cinzas na beira da estrada que sempre faz os italianos diminuírem a velocidade. Fiz um trecho, Roma-Montepulciano, completamente alheio a tais sensores e não faço idéia se estarei recebendo no Brasil, através da minha locadora, 567 multas de excesso de velocidade. Espero que não. De qualquer modo, sugiro observar a sinalização e seguir as leis, mesmo que estejam indo mais rápido que você. Ou então, informe-se antes de sair se seu percurso possui monitorização. Recomendo o site da Michelin.com. Embora também faça rotas como o google maps, aquele lhe acrescenta detalhes como radares, preço de pedágio e até consumo de combustível. Planeje-se de encher o tanque também com certa antecedência já que os postos não são tão comuns quanto no Brasil, principalmente nas grandes cidades. O GPS carregado com estes detalhes ajuda nesta hora. Saiba também que muitos lugares possuem abastecimento manual, sem frentista. Informe-se do procedimento com o hotel ou pela web. Por último, os pedágios da Itália não são cobrados na hora. Entre nele normalmente, pegue o bilhete emitido pela máquina e gaurde-o com você. Assim que você pegar uma das saídas da rodovia haverá uma cabine para pagar os bilhetes que você adquiriu.
    
   Quanto ao GPS, me deparei com as seguintes possibilidades: usar meu celular com GPS embutido; comprar um GPS e levar; alugar carros já com GPS; e comprar um GPS lá. Bom, o mais prático é alugar já com GPS. Basta apenas avisar na hora da reserva no Brasil. No entanto, se você for ficar com o carro vários dias, perceberá que a partir de certo momento pode compensar mais adquirir um novo do que alugá-los. Se comprar no Brasil para levar, precisará dos mapas europeus navegáveis. Você terá que descobrir se seu produto dá este suporte e se é cobrado. Se quiser comprar no exterior, o problema pode ser usá-lo depois no Brasil. Também terá que haver o suporte de download de mapas e nem sempre é tão simples assim. Eu optei por levar meu celular após ter baixado mapas compatíveis da Europa. Usei o carregador veicular e não tive problemas. No entanto, assim como vemos no Brasil, as vezes esses aparelhos podem fazer rotas ruins e precisam de muita atenção em locais como rotatórias ou quando se apresentam muitas alternativas de direção. Em suma, não viajaria sem ele e sempre me fez chegar nos lugares, de uma forma ou de outra. Pesquise a melhor alternativa no seu caso.

Viagem para Europa III - Dinheiro e outras dicas



   Aproveitando o computador, sugiro escanear o passaporte de cada viajante e mandar a cópia pra você mesmo por email. Separe esse email também. Caso necessario, perdendo o seu documento, basta entrar no seu email para ter as 2 páginas principais. Alguns copiam tambem e levam uma xerox para carregar no exterior. Eu mantenho meu passaporte no quarto, nunca os levo pra rua no exterior, a não ser me deslocando.
Se vai dirigir, boa hora de ir no site do DETRAN e solicitar sua permissão de dirigir internacional. Alguns países aceitam a nossa, outros não. Por via das dúvidas, eu fiz.
 
   Corra atrás de um seguro de acidentes pessoais. Há vários na web e pesquise preços e coberturas. Seu plano escolhido deve cobrir o tratado de Schengen. Este tratado exige que os seguros tenham uma cobertura mínima no exterior de 30.000 euros. Não adianta levar seu seguro saúde se ele não cobre o tratado. Alguns brasileiros vetados no exterior estavam sem seguro pessoal. Então não pense em ir sem ele a mão para mostar na imigração se solicitado. Considere também que na imigração pode lhe ser pedido mostrar quanto dinheiro voce leva, a fim de certificar-se do seu custeio enquanto em viagem. Não adianta levar cartões internacionais e não ter euro nenhum na mão, pode dar problema. Certas pessoas falam em 50 euros/dia por pessoa para comprovar se necessário. Sei que pode ser muita grana pra se transportar em espécie, mas creio que deve ser melhor do que ser mandado de volta pro Brasil precocemente. No meu caso, minha imigração na França não me pediu nada nem me falou coisa alguma, mas não tome isso como regra. Reproduzo aqui o que li em vários posts pela internet.

   Uma das dúvidas que me atormentou no preparo foi como levar dinheiro. Hoje dispomos de além do próprio em espécie, visa travel money (VTM), os antigos travelers checks e cartões de crédito e débito internacionais. Creio que cada uma dessas formas apresentas pontos altos e baixos. Parece-me que os travelers estão superados pelo VTM. Este, pra quem não conhece, é impresso por um banco específico ou casa de câmbio, e não possui titular. Solicita-se por telefone o cartão e então o banco irá pedir que se transfira o dinheiro para uma conta deles no valor equivalente ao solicitado em dólares ou euros. Explico. ´Você deverá escolher entre o VTM euro e o VTM dólar. Cada casa terá uma taxa de câmbio para as 2 moedas, uma pra compra e outra pra venda da moeda. Então, querendo carregar meu VTM euro com 500 euros, multiplicarei a cotação deles do euro pelo valor que adquiro e deposito o transfiro o montante em real. No exterior ele servirá como cartão de débito e saque em máquinas VISA, com custo apenas quando sacar. Ainda há a possibilidade de cadastrar alguém no Brasil para caso necessário depositar um extra para você. Útil no caso do dinheiro acabar. No entanto, não escolhi esse cartão porquê achei um grande abismo entre as cotações de compra e venda. Assim, se sobrasse dinheiro no cartão sairia caro sacá-lo na volta. Uma opção recomendada é manter o dinheiro, para quem não precisa dele, no cartão e usar nas próximas viagens. Eu optei por levar os velhos cartões de crédito internacionais e dinheiro em espécie, apesar do meu grande receio em ser assaltado.

Viagem para Europa II - Horários e reservas



   Tendo definido como se locomover, parta para uma planilha ou calendário eletrônico fazendo um esboço do seu horário dia-após-dia. Digo, colocar horas aproximadas de acordar, ir buscar o carro alugado ou devolve-lo, ir para estação de trem, e tudo mais que tenha horários fixos ou importantes. Sei que parece, e é, cansativo e neurótico, mas pode lhe poupar dores de cabeça incríveis. Imagine acordar cedo e tomar cafe-da-manha correndo, voar para e estação pra pegar um trem as 9h da manhâ, chegar as 11h no destino, e descobrir na hora que seu hotel não lhe acomodará naquele momento por que o checkin começa as 14h? Até mesmo para alugar os carros é necessário especificar horários de retirada e entrega, então melhor se planejar aqui do que perceber lá que não vai dar tempo!

   Passado esta etapa, é hora de buscar onde se hospedar. Na Europa, existem hotéis e existem B&B (bed and breakfast). Nos últimos, e em hoteis menores também, não existe restaurante no local e voce deverá ou sair para comer fora ou trazer sua comida. As vezes o café-da-manhã é incluso. Cheque detalhes como se há serviço de quarto (arrumação de quartos) , conforme a necessidade de cada um. Eu pessoalmente me deparei com o seguinte dilema: hotéis mais centrais (o mais próximo do centro possível) ou mais afastados e possivelmente com melhor relação custo-benefício. Acho que não existe uma melhor resposta e cada um descobrirá progressivamente sua preferência. As grandes cidades que dispôe de metro e ônibus regulares aceitam bem os 2 tipos de hospedagem. Se você não se importa de pegar o metro ou onibus todo dia com a população local, então poderá encontrar bons lugares fora do burburinho do centro. Caso sua vontade seja ficar o mais próximo possível, de preferência debaixo da torre Eiffel, então opte assim. Porém saiba, estes lugares costumam ser mais caros e menores que os primeiros. Se dinheiro não é problema, vá em frente e reserva os 5 estrelas sempre bem situados perto dos pontos turísticos. Nestes locais, tudo é mais caro, da padaria da esquina até o sorvete a tarde. Não esquça de averiguar que algumas cidades da Europa, com certeza na Itália, possuem centros históricos que são fechados ao trânsito, ou melhor, só aceitam os carros dos moradores cadastrados. Então se estiver de carro na chegada, prepare-se para pouquissimas vagas nas cidades européias e a possibilidade de ser rebocado se vacilar. Converse com seu hotel caso ele esteja dentro de uma área desta e eles informarão sua placa às autoridades para que não você não seja multado. O que só me faz lembrar de uma palavra: GPS. Voltaremos a ela depois.

   Indo para regiões com muitas cidades, como a Toscana, Provence, Loire, Cote d´Azur e assim por diante, considere escolher hospedagens centrais a região, que lhe permitirão passear de carro com as menores distâncias possíveis. Nestas, não há necessidade de se hospedar no centro, ou mesmo dentro de uma cidade. Pode haver estabelecimentos muito bonitos e diferentes, como fazendas, mansões e até castelos. Onde descobrir tais lugares? Hmm. Eu recomento tripadvisor.com. Este site permite que se escolha a região que se quer ficar num mapa do google (minha preferência), considerando proximidade das atrações locais. E mais, ele ordena por nível de recomendação de quem já esteve e avaliou esses lugares, dentro de uma faixa de preço que voce mesmo especifica. Por exemplo, escolho Paris. Assim que se enumera hoteis vou ao mapa e peço para visualizá-los ali. Escolho o zoom apropriado para só cobrir a área que desejo ficar, e seleciono na esquerda a faixa de preços em euro que pago pela diária. Atualizo e ele vai mostrar no mapa todos hoteis disponiveis por ordem de recomendação. A partir daí parto para ler as críticas de quem se hospedou lá recentemente, dando preferência a pessoas com o mesmo perfil que eu: (casados jovens, solteiros, família com crianças e assim por diante). Gostando do lugar, parto pro site booking.com, este em português e que faz reservas na hora apenas com o cartão de crédito. Ali pode ser ver mais críticas e fotos do local. Checo SEMPRE as condiçoes de cancelamento da reserva, em caso de vir a mudar meus planos, e quais facilidades o hotel dispõe: internet grátis, café, estacionamento, etc. Para os com mais tempo, pode-se antes ir direto ao site do hotel e ver se eles possuem algum desconto especial pra quem fecha pelo site deles. Geralmente o booking.com não deixa a desejar e apresenta tudo em português claro. Não tive nunca nenhum problema com as reservas feitas por ele. Por via das dúvidas imprima cada confirmção e leve com você. Deixe o email também separado na sua caixa de email para uma possivel reimpressão. Pronto, voce tem seu roteiro diário, com horários relevantes, meios de transporte e hospedagem já reservados. Separe tudo numa pasta para levar.

Viagem para Europa I - Primeiros passos



   A idéia deste blog surgiu após mais ou menos 1 semana de termos saído do Brasil. Estávamos em Veneza e tomando banho passei a lembrar de vários detalhes singulares dos últimos dias. Percebi que apesar de ter feito várias pesquisas na web sobre dicas de viagem ainda assim certas situações são imprevisíveis e não creio que um livro inteiro sobre o assunto consiga abordar todos as situações. Resolvi tentar ajudar. Não compilando “dicas”, mas compartilhando situções específicas da minha última viagem: 30 dias, de Roma a Paris, boa parte de carro, e as vezes de trem. Se você é daqueles que só viaja de excursão, então talvez este blog não se aplique tanto, não sei. Certas dúvidas são universais, é bem verdade, e um pouco da experiência alheia talvez não seja má idéia.

   Primeiro lugar. Planejamento. Planejar por conta própria sua viagem por si só já é um barato. Mas ninguém te engane, dá trabalho. Não é a toa que existem profissionais do ramo. Comece estabelecendo a época do ano (certos lugares esse detalhe faz toda diferença), evitando a alta estação. Não só pelos preços, como a maioria pensa, mas porque os locais mais turísticos da Europa estão se tornando cada vez mais abarrotados. Hotéis cheios, filas para toda sorte de atração ou museu, atendimento não tão bom em restaurantes e por aí vai.

   Em seguida no preparo, para onde e naturalmente por quanto tempo. Estes dois fatores vão ter impacto direto no custo total, nas roupas que levará e logo no tamanho da sua mala, e em quão cansado fisicamente poderá voltar. Eu próprio quis aproveitar e estiquei o máximo a viagem usando meus 30 dias de férias. Ainda aviso se meti os pés pelas mãos ou não quando voltar. O fato é que não são apenas mais diárias, mas também o custo básico de alimentação, transporte, atrações e diversão que aumentam. Eu pesquisei e calculei 100 euros/dia para um casal, naturalmente excluindo as diárias e as compras. Como alguns hoteis tem café-da-manhã, outros não, as vezes se usa mais o taxi, as vezes o metro, esta média tem se mostrado verdadeira para mim nesta viagem. Dias comemos mais barato, outros queremos comer melhor e colocar aquele vinho gostoso para acompanhar, então entenda seu perfil de consumo e planeje-se para ele. Multiplicando este valor pelo número de dias de sua viagem dá uma estimativa de quantos euros deve levar. Falarei mais sobre o tema a frente.

   Tendo o roteiro estruturado, pense em como se locomoverá entre as cidades/países. Como tenho uma queda por carros e vontade de dirigir sempre que possível optei por alugar um carro. O preço não é tão diferente do aluguel no Brasil e em alguns lugares só o carro lhe dá a liberadade de fazer seu próprio itinerário. Aluguei pelo Brasil, pesquisando na web, e paguei em dólares, o que se mostra favorável quando comparado ao euro pago localmente. Este voucher lhe dá segurança de evitar problemas e há a possibilidade bem interessante de alguar carros que não sejam os típicos populares. Que tal passear pela Toscana ou por Provence num conversível? Seu orçamento é o limite. De via de regra, reserve as grandes distâncias, mais de 4 ou 5h de distância, para os trens (cada um tem seu limite). Mesmo podendo parar e descansar, ou até conhecer cidades no caminho, percebi que qualquer dia que se passa dirigindo é mais cansativo ao corpo que os outros – e você não está viajando para se cansar mais está? Além disso percebi que certos cuidados nas estradas européias devem ser tomados e nem tudo é autoban oba-oba. Também falo deste tópico mais a frente.

   Para os trens existe TGV europe.com que aceita nosso cartões de credito e podem ser explorados em inglês. Já no Trenitalia, em italiano, não consegui realizar nenhuma compra nele, porque sempre recusava meus cartôes. Um italiano me recomendou não fazer reservas por ele. Neste caso, deixei para comprar as passagens em agências de turismo na própria Itália, por uma taxa pequena a mais. Leve do Brasil no entanto já todas as informações pesquisadas, como o dia, hora, numero do trem e destino. Torna sua compra mais fácil. Não tive problema pra comprá-los em Roma ou em Veneza, mesmo 1 hora antes da partida. As linhas entre grandes cidades possuem vários horários e dificilmente os bilhetes estarão esgotados. Ainda asim aconselho a compra antecipada sempre que possível. Por pouco a mais se viaja de 1ª classe, com o benefício de assentos maiores e mesa para laptop com tomada, além de mais espaço para bagagem (vagôes menos cheios). Foi a opção que tomei e não me arrependo – não viajei de 2ª classe então não poderia comparar.

   Outra opção que pesquisei ainda no Brasil foi voar. Sempre sabemos de pequenas empresas aéreas na Europa que voam por preços irrisórios, tipo 1 euro! É verdade, porém faço algumas ressalvas. Não esqueça de quantas malas está carregando e qual o peso delas – algumas destas empresas tem limites de peso muito menores que o que carregamos e cobram alto pelo sobrepeso. Número dois, apesar de mais rápido, você deve considerar também os taxis, ou transportes do hotel ao aeroporto, e vice-versa na chegada, já que geralmente aeroportos ficam na periferia. Em algumas cidades este custo extra poder sair muito mais caro que as passagens de 1ª classe do trem. Os trens tem a vantagem de te deixarem bem próximo ao centro, ou pelo menos, mais perto que o aeroporto.